sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pais subestimam o uso do álcool e drogas pelos filhos

Quando o assunto é drogas e álcool na adolescência, a maior parte dos pais prefere acreditar que o problema existe, mas com o vizinho, e não com os próprios filhos.

Isso é o que sugere um novo estudo norte-americano, que descobriu que a maior parte dos pais crê que mais da metade dos adolescentes ingerem álcool – mas eles não incluem os próprios filhos nessa estatística.

Apenas 10% dos pais acreditam que os seus filhos ingeriram álcool no último ano, e 5% acham que seus filhos adolescentes fumaram maconha nesse período.

Esses números reduzidos contrastam com a realidade, já que um levantamento recente mostrou que 52% dos adolescentes pesquisados relataram ter ingerido bebidas alcoólicas e 28% afirmaram uso de maconha no último ano.

Essa pesquisa foi realizada com cerca de 420 escolas públicas e privadas de ensino médio e ensino fundamental dos Estados Unidos, o que forneceu uma representação bastante precisa dos estudantes de diferentes níveis no país.

Mas enquanto os pais parecem acreditar que seus filhos estão longe das drogas e do álcool, eles certamente não acreditam que os colegas de seus filhos são tão inocentes assim.

De acordo com o estudo, 60% dos pais afirmaram que acreditam que colegas de seus filhos beberam álcool e 40% crê que eles usaram maconha no último ano.

O quadro que indica que os pais esperam que os problemas com drogas e álcool não acontecerão dentro de casa mostra a necessidade de conscientização sobre o uso dessas substâncias na adolescência.

A sugestão dos pesquisadores é a de que os pais abordem o assunto com os filhos adolescentes de uma forma não ameaçadora, e que falem com eles sobre a importância de resistir à pressão negativa dos colegas.

Os pesquisadores também sugerem que os pais acompanhem a vida dos filhos e procurem sinais do uso dessas substâncias. Mas sem exageros: se os pais descobrirem que o filho já passou por uma experiência do tipo, a oportunidade deve ser aproveitada para conversar com os adolescentes, e não para puni-los.

O mais importante é sempre o diálogo e o jogo limpo – tanto da parte dos pais quanto dos filhos.

Fonte: http://hypescience.com/

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Reunião promete retorno do governo federal sobre discussões de comunidades terapêuticas

O Secretário-Executivo Adjunto da Secretaria Geral da Presidência da República, Swedenberger do Nascimento Barbosa, participou – no lugar do ministro da Secretária Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho - de reunião na tarde de sexta-feira (2/9), em Brasília, para discutir os encaminhamentos do encontro realizado no dia 11 de agosto, sobre o financiamento público para comunidades terapêuticas com a solicitação de uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff sobre o tema.


Participaram da reunião o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP) Humberto Verona, o coordenador da Comissão de Direitos Humanos do CFP, Pedro Paulo Bicalho e a integrante da Comissão de Direitos Humanos e representante da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila), Rosemeire Silva.


Segundo o presidente do CFP Humberto Verona, só tem sido ouvido um lado na questão do financiamento das comunidades terapêuticas e da internação compulsória de usuários de crack, não havendo abertura para a opinião de movimentos sociais, da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila) , dos movimentos de usuários de álcool e outras drogas e do Conselho Federal de Psicologia.

A representante da Renila, Rosemeire Silva, considera importante que o governo tome ciência de que boa parte das comunidades terapêuticas são verdadeiros cárceres privados: “Ali o que se faz não é cuidado em saúde: há violência contra usuários - inclusive física -, constrangimentos a partir de credos específicos e privações de liberdade".

A busca, segundo Rosemeire, é pelo direito de cidadania dos usuários e não o seu oposto. “Se o governo opta por colocar recursos públicos nestas instituições estará reeditando uma decisão da ditadura miltar”, constatou.

A chefe de gabinete do secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Joana Zylbersztain, afirmou que será enviado aos participantes da reunião o resultado das discussões e articulações que estão sendo feitas, desde a reunião de 11 de agosto,entre a Secretaria Geral da Presidência da República, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos sobre o tema.

O presidente do CFP ressaltou ainda a importância do Ministério da Justiça estar envolvido na questão.

A chefe de gabinete disse que, segundo o ministro Gilberto Carvalho, não é possível afirmar que as comunidades terapêuticas estarão ou não presentes no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, cujo andamento também será avisado aos presentes na reunião.

Segundo Zylbersztain, a presidenta Dilma Rousseff já recebeu os encaminhamentos da última reunião e está ciente da demanda de solicitação de uma audiência sobre as comunidades terapêuticas.

Fonte: www.pol.org.br

sábado, 3 de setembro de 2011

Evento debate políticas públicas de dependência química e prática clínica



O XXI Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), que acontece de 08 a 11 de setembro, em Recife (PE), este ano traz como tema “Do uso à dependência: a integração das políticas públicas com a clínica”.



O evento voltado aos profissionais da saúde, em especial ligados à dependência química, contará com cursos, palestras, mesas redondas e workshops, entre outras atividades ministradas por renomados especialistas de todo o Brasil.


O congresso contará ainda com palestrantes internacionais como Belén Pascual e Carmén Orte, da Espanha. Celeste Simões e Jorge Negreiros, de Portugal e Raul Caetano e Thomas McLellan, dos EUA.



Para mais informações acesse: www.abead.com.br


Confira alguns dos cursos da programação científica:





Família e Drogas
Coordenador: Maria Aparecida Penso (DF) e Roberta Payá (SP)


Simpósio da AMB/ABP/ABEAD
Coordenador: Ana Cecília Marques (SP)


Workshop Mídia e Drogas
Coordenador: Ilana Pinsky (SP)


Sensibilização em Terapia Comunitária Integrativa: trabalhando a competência dos indivíduos, da família e da comunidade
Coordenador: Adalberto Barreto (CE)


Fórum educação e prevenção ao uso indevido de drogas
Coordenador: Irinéa Catarino (PE)


Encontro de Empresas
Coordenador: Selene Barreto (RJ) e Joaquim Melo (RJ)


Workshop: o papel da enfermagem no tratamento
Coordenador: Maria Aparecida Ranieri (SP)


Habilidades sociais na manutenção da abstinência de álcool e crack
Coordenador: Lucas Cardoso de Sá (SP)



Fonte: ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cinco motivos para você parar de fumar agora

Estudos estimam que o Brasil tenha cerca de 25 milhões de fumantes com idade igual ou superior a 15 anos.

Até mesmo quem não é louco por cinema conhece a clássica cena do filme "Gilda" (1946) em que Rita Hayworth aparece em um longo preto, com luvas e cigarro em mãos. Situações como essa ajudaram a criar a ideia de que fumar era uma arma de sedução.

Até hoje essa imagem de falso glamour prevalece, e o principal difusor já não o cinema, e sim a publicidade. Dados da Pesquisa Especial de Tabagismo, divulgada em agosto de 2010 pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), mostram que os jovens entre 15 e 24 anos são o alvo preferencial da indústria do tabaco. O estudo comprovou: quem tem menos de 30 anos começa a fumar, em média, aos 17.

O cigarro exerce, de fato, uma atração que atende pelo nome de nicotina, a substância viciante que dá aquela segurada no estresse e na ansiedade. Mas ele ainda é composto por mais de 4.700 substâncias tóxicas que causam danos em quase todas as partes do corpo. Cerca de 50 componentes provocam alteração na estrutura genética das células, contribuindo para a ocorrência de diferentes tipos de câncer.

Respire melhor

Embora só comece a dar as caras depois de 15 anos, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), antigamente conhecida como enfisema pulmonar, provoca o estreitamento das vias respiratórias, dificultando a renovação do oxigênio. Seus principais sintomas são tosse, produção de catarro e falta de ar.

"Estima-se que até 2025 a DPOC será a terceira causa de morte no mundo", avisa a coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia Irma de Godoy. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 90% dos diagnósticos o câncer de pulmão está associado ao fumo.

Soco no estômago

A nicotina contribui para aumentar a produção de ácido clorídrico, o que favorece a ocorrência de gastrite e úlcera. "Fumantes também sofrem com mais frequência da doença de refluxo gastroesofágico, que faz a pessoa sentir um líquido azedo subindo pela garganta", esclarece o secretário-geral da Associação Brasileira de Gastroentereologia, Ricardo Bartuti.

Bate-coração

Segundo Carlos Alberto Machado, cardiologista do Comitê Antitabaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a nicotina e o monóxido de carbono levam à descamação do endotélio, membrana que reveste os vasos sanguíneos, facilitando o depósito de gorduras. Com os vasos obstruídos, pode ocorre o infarto.

Para quem usa pílula anticoncepcional e fuma, o problema pode ser maior. Jovens fumantes que tomam anticoncepcional têm dez vezes mais probabilidades de sofrer um ataque cardíaco e aumentam em 39% o risco de desenvolver doenças coronarianas e, em 22%, de acidentes vasculares cerebrais.

"A pílula e a nicotina agem na coagulação do sangue, favorecendo a formação de trombos, que podem se deslocar, causando problemas", alerta a coordenadora do Centro de Tratamento do Tabagismo do Inca Cristina Cantarino.
Velha-jovem

As rugas nos fumantes aparecem 20 anos antes do que nos não fumantes. "Os danos do cigarro à pele são piores que os dos raios solares. A nicotina age nas camadas profundas da pele, inibe a produção de substâncias vasodilatadoras e diminui, por consequência, o calibre dos vasos sanguíneos. Isso afeta a circulação, impede que o oxigênio e os nutrientes cheguem na quantidade devida às células, gerando rugas acentuadas", explica o professor de dermatologia da Santa Casa de São Paulo Marcus Maia.

Essas marcas não podem ser regeneradas nem por cosméticos (nenhum produto é capaz de atingir as fibras de colágeno afetadas pelo cigarro), nem por cirurgias plásticas. Para piorar, fumantes enfrentam dificuldades ao passar por procedimentos cirúrgicos, já que o cigarro danifica as fibras de colágeno e deixa a pele mais flácida, dificultando a cicatrização no local da sutura.

Terreno infértil

Segundo pesquisa da Universidade de Oslo, a combinação monóxido de carbono mais nicotina pode antecipar a menopausa. A primeira substância reduz o volume de oxigênio no corpo, o que determina uma queda na produção do hormônio estrógeno até seu fim. Já a nicotina faz com que o corpo gaste mais rápido esse mesmo hormônio.

Quem fuma também diminui sua taxa de fertilidade em 40% - as substâncias nocivas da fórmula do cigarro interferem na ovulação. Outro mal causado ao sistema reprodutor é o aumento do risco do câncer de colo do útero. "Fumar diminui as defesas e favorece a contaminação pelo vírus HPV, principal responsável por esse tumor", explica o coordenador da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia Luciano Pompei.


Fonte:Centershop/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)