quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Psicóloga defende projeto terapêutico individual para dependentes de álcool e outras drogas

Brasília – O Conselho Federal de Psicologia se manifestou hoje (5), durante reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de forma contrária à implantação no país de comunidades terapêuticas para usuários de álcool e outras drogas.


Psicóloga Maria Ermínia
“Nos últimos anos, tivemos uma avanço social no sentido de entender que o uso de drogas não é uma falha moral, uma decisão da pessoa. A gente entende hoje o uso abusivo de álcool e de outras drogas como uma doença e cada pessoa necessita de um projeto terapêutico singular”, explicou a representante do Conselho Federal de Psicologia, Maria Ermínia Ciliberti.

Ela lembrou que, em alguns casos registrados no Brasil, o álcool e as drogas aparecem como uma espécie de muleta, acobertando um cenário mais complexo do uso da substância. Um dos exemplos mencionados trata do consumo do crack em canaviais como uma alternativa para que os trabalhadores deem conta da longa e exaustiva jornada.


Dr. Roberto Kinoshita
Pouco antes da fala de Maria Ermínia, o coordenador nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori Kinoshita, informou que o governo planeja criar unidades de acolhimento para usuários de álcool e outras drogas utilizando como referência a experiência de comunidades terapêuticas.

A ideia, segundo ele, é implantar tais unidades dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, de acordo com Kinoshita, será continuado e não mais pontual. A estratégia da pasta é investir em quatro eixos: ampliação do acesso, qualidade do tratamento, ações intersetoriais, e ações de prevenção.



Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pais subestimam o uso do álcool e drogas pelos filhos

Quando o assunto é drogas e álcool na adolescência, a maior parte dos pais prefere acreditar que o problema existe, mas com o vizinho, e não com os próprios filhos.

Isso é o que sugere um novo estudo norte-americano, que descobriu que a maior parte dos pais crê que mais da metade dos adolescentes ingerem álcool – mas eles não incluem os próprios filhos nessa estatística.

Apenas 10% dos pais acreditam que os seus filhos ingeriram álcool no último ano, e 5% acham que seus filhos adolescentes fumaram maconha nesse período.

Esses números reduzidos contrastam com a realidade, já que um levantamento recente mostrou que 52% dos adolescentes pesquisados relataram ter ingerido bebidas alcoólicas e 28% afirmaram uso de maconha no último ano.

Essa pesquisa foi realizada com cerca de 420 escolas públicas e privadas de ensino médio e ensino fundamental dos Estados Unidos, o que forneceu uma representação bastante precisa dos estudantes de diferentes níveis no país.

Mas enquanto os pais parecem acreditar que seus filhos estão longe das drogas e do álcool, eles certamente não acreditam que os colegas de seus filhos são tão inocentes assim.

De acordo com o estudo, 60% dos pais afirmaram que acreditam que colegas de seus filhos beberam álcool e 40% crê que eles usaram maconha no último ano.

O quadro que indica que os pais esperam que os problemas com drogas e álcool não acontecerão dentro de casa mostra a necessidade de conscientização sobre o uso dessas substâncias na adolescência.

A sugestão dos pesquisadores é a de que os pais abordem o assunto com os filhos adolescentes de uma forma não ameaçadora, e que falem com eles sobre a importância de resistir à pressão negativa dos colegas.

Os pesquisadores também sugerem que os pais acompanhem a vida dos filhos e procurem sinais do uso dessas substâncias. Mas sem exageros: se os pais descobrirem que o filho já passou por uma experiência do tipo, a oportunidade deve ser aproveitada para conversar com os adolescentes, e não para puni-los.

O mais importante é sempre o diálogo e o jogo limpo – tanto da parte dos pais quanto dos filhos.

Fonte: http://hypescience.com/

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Reunião promete retorno do governo federal sobre discussões de comunidades terapêuticas

O Secretário-Executivo Adjunto da Secretaria Geral da Presidência da República, Swedenberger do Nascimento Barbosa, participou – no lugar do ministro da Secretária Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho - de reunião na tarde de sexta-feira (2/9), em Brasília, para discutir os encaminhamentos do encontro realizado no dia 11 de agosto, sobre o financiamento público para comunidades terapêuticas com a solicitação de uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff sobre o tema.


Participaram da reunião o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP) Humberto Verona, o coordenador da Comissão de Direitos Humanos do CFP, Pedro Paulo Bicalho e a integrante da Comissão de Direitos Humanos e representante da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila), Rosemeire Silva.


Segundo o presidente do CFP Humberto Verona, só tem sido ouvido um lado na questão do financiamento das comunidades terapêuticas e da internação compulsória de usuários de crack, não havendo abertura para a opinião de movimentos sociais, da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila) , dos movimentos de usuários de álcool e outras drogas e do Conselho Federal de Psicologia.

A representante da Renila, Rosemeire Silva, considera importante que o governo tome ciência de que boa parte das comunidades terapêuticas são verdadeiros cárceres privados: “Ali o que se faz não é cuidado em saúde: há violência contra usuários - inclusive física -, constrangimentos a partir de credos específicos e privações de liberdade".

A busca, segundo Rosemeire, é pelo direito de cidadania dos usuários e não o seu oposto. “Se o governo opta por colocar recursos públicos nestas instituições estará reeditando uma decisão da ditadura miltar”, constatou.

A chefe de gabinete do secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Joana Zylbersztain, afirmou que será enviado aos participantes da reunião o resultado das discussões e articulações que estão sendo feitas, desde a reunião de 11 de agosto,entre a Secretaria Geral da Presidência da República, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos sobre o tema.

O presidente do CFP ressaltou ainda a importância do Ministério da Justiça estar envolvido na questão.

A chefe de gabinete disse que, segundo o ministro Gilberto Carvalho, não é possível afirmar que as comunidades terapêuticas estarão ou não presentes no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, cujo andamento também será avisado aos presentes na reunião.

Segundo Zylbersztain, a presidenta Dilma Rousseff já recebeu os encaminhamentos da última reunião e está ciente da demanda de solicitação de uma audiência sobre as comunidades terapêuticas.

Fonte: www.pol.org.br

sábado, 3 de setembro de 2011

Evento debate políticas públicas de dependência química e prática clínica



O XXI Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), que acontece de 08 a 11 de setembro, em Recife (PE), este ano traz como tema “Do uso à dependência: a integração das políticas públicas com a clínica”.



O evento voltado aos profissionais da saúde, em especial ligados à dependência química, contará com cursos, palestras, mesas redondas e workshops, entre outras atividades ministradas por renomados especialistas de todo o Brasil.


O congresso contará ainda com palestrantes internacionais como Belén Pascual e Carmén Orte, da Espanha. Celeste Simões e Jorge Negreiros, de Portugal e Raul Caetano e Thomas McLellan, dos EUA.



Para mais informações acesse: www.abead.com.br


Confira alguns dos cursos da programação científica:





Família e Drogas
Coordenador: Maria Aparecida Penso (DF) e Roberta Payá (SP)


Simpósio da AMB/ABP/ABEAD
Coordenador: Ana Cecília Marques (SP)


Workshop Mídia e Drogas
Coordenador: Ilana Pinsky (SP)


Sensibilização em Terapia Comunitária Integrativa: trabalhando a competência dos indivíduos, da família e da comunidade
Coordenador: Adalberto Barreto (CE)


Fórum educação e prevenção ao uso indevido de drogas
Coordenador: Irinéa Catarino (PE)


Encontro de Empresas
Coordenador: Selene Barreto (RJ) e Joaquim Melo (RJ)


Workshop: o papel da enfermagem no tratamento
Coordenador: Maria Aparecida Ranieri (SP)


Habilidades sociais na manutenção da abstinência de álcool e crack
Coordenador: Lucas Cardoso de Sá (SP)



Fonte: ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cinco motivos para você parar de fumar agora

Estudos estimam que o Brasil tenha cerca de 25 milhões de fumantes com idade igual ou superior a 15 anos.

Até mesmo quem não é louco por cinema conhece a clássica cena do filme "Gilda" (1946) em que Rita Hayworth aparece em um longo preto, com luvas e cigarro em mãos. Situações como essa ajudaram a criar a ideia de que fumar era uma arma de sedução.

Até hoje essa imagem de falso glamour prevalece, e o principal difusor já não o cinema, e sim a publicidade. Dados da Pesquisa Especial de Tabagismo, divulgada em agosto de 2010 pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), mostram que os jovens entre 15 e 24 anos são o alvo preferencial da indústria do tabaco. O estudo comprovou: quem tem menos de 30 anos começa a fumar, em média, aos 17.

O cigarro exerce, de fato, uma atração que atende pelo nome de nicotina, a substância viciante que dá aquela segurada no estresse e na ansiedade. Mas ele ainda é composto por mais de 4.700 substâncias tóxicas que causam danos em quase todas as partes do corpo. Cerca de 50 componentes provocam alteração na estrutura genética das células, contribuindo para a ocorrência de diferentes tipos de câncer.

Respire melhor

Embora só comece a dar as caras depois de 15 anos, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), antigamente conhecida como enfisema pulmonar, provoca o estreitamento das vias respiratórias, dificultando a renovação do oxigênio. Seus principais sintomas são tosse, produção de catarro e falta de ar.

"Estima-se que até 2025 a DPOC será a terceira causa de morte no mundo", avisa a coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia Irma de Godoy. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 90% dos diagnósticos o câncer de pulmão está associado ao fumo.

Soco no estômago

A nicotina contribui para aumentar a produção de ácido clorídrico, o que favorece a ocorrência de gastrite e úlcera. "Fumantes também sofrem com mais frequência da doença de refluxo gastroesofágico, que faz a pessoa sentir um líquido azedo subindo pela garganta", esclarece o secretário-geral da Associação Brasileira de Gastroentereologia, Ricardo Bartuti.

Bate-coração

Segundo Carlos Alberto Machado, cardiologista do Comitê Antitabaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a nicotina e o monóxido de carbono levam à descamação do endotélio, membrana que reveste os vasos sanguíneos, facilitando o depósito de gorduras. Com os vasos obstruídos, pode ocorre o infarto.

Para quem usa pílula anticoncepcional e fuma, o problema pode ser maior. Jovens fumantes que tomam anticoncepcional têm dez vezes mais probabilidades de sofrer um ataque cardíaco e aumentam em 39% o risco de desenvolver doenças coronarianas e, em 22%, de acidentes vasculares cerebrais.

"A pílula e a nicotina agem na coagulação do sangue, favorecendo a formação de trombos, que podem se deslocar, causando problemas", alerta a coordenadora do Centro de Tratamento do Tabagismo do Inca Cristina Cantarino.
Velha-jovem

As rugas nos fumantes aparecem 20 anos antes do que nos não fumantes. "Os danos do cigarro à pele são piores que os dos raios solares. A nicotina age nas camadas profundas da pele, inibe a produção de substâncias vasodilatadoras e diminui, por consequência, o calibre dos vasos sanguíneos. Isso afeta a circulação, impede que o oxigênio e os nutrientes cheguem na quantidade devida às células, gerando rugas acentuadas", explica o professor de dermatologia da Santa Casa de São Paulo Marcus Maia.

Essas marcas não podem ser regeneradas nem por cosméticos (nenhum produto é capaz de atingir as fibras de colágeno afetadas pelo cigarro), nem por cirurgias plásticas. Para piorar, fumantes enfrentam dificuldades ao passar por procedimentos cirúrgicos, já que o cigarro danifica as fibras de colágeno e deixa a pele mais flácida, dificultando a cicatrização no local da sutura.

Terreno infértil

Segundo pesquisa da Universidade de Oslo, a combinação monóxido de carbono mais nicotina pode antecipar a menopausa. A primeira substância reduz o volume de oxigênio no corpo, o que determina uma queda na produção do hormônio estrógeno até seu fim. Já a nicotina faz com que o corpo gaste mais rápido esse mesmo hormônio.

Quem fuma também diminui sua taxa de fertilidade em 40% - as substâncias nocivas da fórmula do cigarro interferem na ovulação. Outro mal causado ao sistema reprodutor é o aumento do risco do câncer de colo do útero. "Fumar diminui as defesas e favorece a contaminação pelo vírus HPV, principal responsável por esse tumor", explica o coordenador da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia Luciano Pompei.


Fonte:Centershop/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rock in Rio promove campanha de combate às drogas

Veiculação dos anúncios na TV está prevista para ter início hoje (29) com dois filmes de 30 e 60 segundos


Desde os anos 60, o Rock é associado ao consumo de drogas diversas, sobretudo psicodélicas, E não é para menos, uma vez que são incontáveis os casos emblemáticos de artistas que morreram em decorrência do abuso de drogas. Dessa vez, o Rock in Rio 2012, um dos maiores eventos de música do mundo, pretende acabar com essa imagem.


O evento irá promover a campanha "Eu vou sem drogas" com o objetivo de explorar a força da marca junto ao público jovem e conscientizar a população acerca dos riscos e do avanço do crack e oxi no Brasil.

A campanha conta com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), órgão ligado ao Ministério da Justiça, e será comunicada em dois filmes publicitários com veiculação na TV aberta em todo o país, além de anúncios impressos, web e spots. Também será lançado um hotsite da campanha para tirar dúvidas com profissionais e informações gerais sobre o assunto.


Para Roberto Medina, criador do Rock in Rio, a campanha reforça a autonomia e independência dos jovens. "Este público não gosta que ditem o certo e o errado, quer ter liberdade para tomar suas próprias decisões. 'Eu vou sem drogas' reflete exatamente esta questão e mostra que é possível dizer sem qualquer ajuda que você irá a qualquer lugar que seja sem drogas porque esta é a sua decisão", explica.

A veiculação dos anúncios na TV está prevista para ter início hoje (29) com dois filmes de 30 e 60 segundos.
 

Seminário vai avaliar sugestões dos estados sobre combate às drogas

A Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas realizará nesta quinta-feira (1º) um seminário nacional para avaliar os resultados de uma série de encontros que vêm ocorrendo semanalmente nos estados com o objetivo de repensar as ações de combate e prevenção ao uso de drogas no País.

Segundo o relator da comissão, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), o seminário nacional vai servir para consolidar algumas sugestões que já podem ser consideradas consenso após a realização de 14 dos 27 seminários regionais programados.


Já observamos que, em relação à prevenção, é praticamente unanimidade o apoio a uma proposta final que determine o fim da propaganda de bebidas alcóolicas, que é considerada o principal meio de entrada no vício, e também o aumento da taxação desses produtos”, afirmou Carimbão.


Segundo o relator, outra sugestão que tem sido recebida nos seminários estaduais é o retorno da disciplina de educação moral e cívica nas escolas, que tratava de direitos e deveres, caráter e virtudes do cidadão.

O deputado, que espera finalizar todos os encontros nos estados e apresentar o relatório final até outubro, defende ainda a vinculação direta das comunidades terapêuticas à Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).

As comunidades terapêuticas prestam serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de drogas como a heroína e o crack ou remédios de venda controlada. De acordo com a Resolução 29/11 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, essas entidades estão obrigadas a responder a normas específicas de funcionamento.


Reinserção de ex-dependentes

O presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que, além da prevenção, o seminário nacional deve começar a consolidar o que vem sendo apresentado em relação aos outros quatro tópicos que compõem a recuperação de dependentes químicos: acolhimento e tratamento; reinserção e requalificação; repressão; e legislação.

Lopes considera que é consensual a necessidade de criar oportunidades de requalificação profissional para os ex-dependentes. “O Brasil está totalmente despreparado nesse ponto. Geralmente, o que ocorre é uma terapia ocupacional, em um cenário onde cerca de 85% dos pacientes não concluiu o ensino fundamental”, afirmou o deputado.


Ele defendeu o aumento de 10% do número de vagas em escolas técnicas como forma de atender especificamente jovens em conflitos com a lei, egressos do sistema prisional ou que passaram pelo sistema público de tratamento de dependentes químicos. “Não adianta receber o tratamento e ficar em abstinência total por um ou dois anos se não lhe for dada a chance de refazer o seu projeto de vida”, completou.


Controle das fronteiras

Outro ponto considerado fundamental no combate às drogas é o controle das fronteiras. Para o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que também é membro da comissão, é preciso mais patrulhamento dos cerca de 17 mil km de fronteira seca que separam o Brasil de vizinhos da América do Sul. “Não podemos pensar apenas em tratar as pessoas se continuamos permitindo que o volume de droga que entra no País siga aumentando de maneira desenfreada a cada ano”, disse o deputado.

Terra citou o exemplo dos Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants), que foram pensados como um instrumento para reforçar o patrulhamento de áreas críticas, mas que ainda não entraram em operação. “O ideal seriam, pelo menos, 15 VANTs, mas parece que nenhum ainda decolou”, disse.


Penas maiores


O deputado Osmar Terra defendeu penas maiores para os traficantes de drogas mais pesadas, como o crack, e a internação compulsória do dependente maior de idade. “Se a família e o médico entenderem que o caso precisa de maiores cuidados, penso que qualquer pessoa envolvida com substâncias psicoativas deva passar por um período de internação, ainda que involuntário, de 15 dias, para que ela possa ser assistida no período mais difícil da abstinência e consiga então ter condições físicas e mentais de optar por se tratar”, afirmou o deputado, que é médico.

A deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), relatora do seminário realizado em Vitória (ES), defendeu mudanças na legislação como forma de aumentar o controle das atividades e da destinação de recursos para os Centros de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (Capes-AD). A deputada afirma que é preciso haver mudanças administrativas e operacionais para que essas instituições passem a tratar de maneira diferenciada dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais. “O dependente químico não tem necessariamente problema mental”, argumentou.

O relator do seminário realizado em João Pessoa (PB), deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou que o País precisa reformular a legislação atual para conseguir atender as novas demandas que surgem no enfrentamento às drogas. “Precisamos punir com mais rigor o tráfico, pois hoje o crime organizado está presente nas praças, nas escolas, e nossa legislação não dispõe de dispositivos capazes de controlar essas ações”, afirmou.

O seminário será realizado no auditório Nereu Ramos a partir das 9 horas.

Fonte: Agência Câmara

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CONVITE À COMUNIDADE


A PASTORAL DA SOBRIEDADE DA DIOCESE DE RONDONÓPOLIS VEM, MUI RESPEITOSAMENTE, CONVIDÁ-LO(A) A PARTICIPAR DE DOIS EVENTOS IMPORTANTES PARA A COMUNIDADE.

- A CAMINHADA PELA VIDA, QUE ACONTECE NO DIA 20 DE JUNHO, SEGUNDA FEIRA, ÀS 08 HORAS NA PRAÇA BRASIL.

- E A TRADICIONAL PEDALADA PELA VIDA, NO DIA 26 DE JUNHO, DOMINGO, NA PRAÇA DOS CARREIROS (COM SAÍDA ÀS 07 HORAS).

PEDIMOS QUE REPASSEM ESSE CONVITE A TODOS OS SEUS CONTATOS. PRECISAMOS NOS UNIR PARA COMBATER ESSE MAL QUE NOS ASSOLA DIA A DIA.

SOBRIEDADE E PAZ!

domingo, 5 de junho de 2011

UFRN oferece Especialização em prevenção de álcool e outras drogas

O Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte está com inscrições abertas para o "Curso de Especialização em Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas". Estão sendo oferecidas 100 vagas, divididas em duas turmas de 50 alunos. As inscrições continuarão abertas até o preenchimento delas.

O curso oferecido tem carga de 360 horas e a taxa de inscrição é de R$ 50. A "Especialização em Prevenção ao uso de Álcool e Outras Drogas" terá duas turmas de 50 alunos cada, com ocorrências de aulas das segundas às sextas-feiras, das 18h30 às 21h30 (quinzenalmente), ou no módulo semanal, às sextas-feiras, das 18h30 às 21h30, e aos sábados, das 8h às 18h.

Os interessados deverão apresentar certificado de graduação, currículo atualizado, documentos de identificação (RG e CPF), comprovante de residência, curriculum vitã, foto 3x4 recente e o pagamento da taxa de inscrição. O Curso de Especialização é coordenado pelo professor João Dantas Pereira.

Outras informações, no site www.prof.joaodantas.nom.br ou via o email prev.ad_ufrn@hotmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Os telefones para contato são os seguintes: 3215-3481/ 3215-3659.




Abaixo você confere o convite do grupo de pesquisa Exclusão social, Saúde e Cidadania - responsável pela especialização


C O N V I T E

Senhoras e Senhores,

O Coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Exclusão Social, Saúde e Cidadania e presidente da Comissão Interdisciplinar de Prevenção e Combate às Drogas Lícitas e Ilícitas no Âmbito da UFRN tem a honra de convidar e agradecer antecipadamente todos a visitarem, periodicamente, os endereços eletrônicos e os links em baixo.

Esta iniciativa tem como finalidade colocar à disposição dos Alunos, Docentes e Educadores dos diferentes níveis de Ensino Público e Privado, Operadores do Direito, Comunidades, Servidores Públicos, Trabalhadores, Famílias, Operadores de Segurança Pública e Privada, Sociedade Civil em Geral informações atualizadas, orientações sobre o flagelo das Drogas e sua interiorização rápida e crescente em todos os Municípios dos Estados brasileiros.

A partir de agora, os integrantes da Comissão e do Grupo de Pesquisa acima citados entendem ser importante divulgar através destes meios não só as principais atividades, mas também eventos, cursos de capacitação, palestras, seminários, congressos, encontros realizados ou a realizar com o propósito de fornecer informações, orientações a todos aqueles que enfrentam, no seu dia-a-dia, uma das questões sociais mais sérias da contemporaneidade brasileira que é - a das Drogas:

Sites
http://www.prof.joaodantas.nom.br/materialdidatico/

http://twitter.com/#!/ProfJoao_Dantas

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Secretaria Antidrogas defende programa para diminuir consumo de álcool

A titular da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Paulina Duarte, destacou, nesta terça-feira, que o álcool é a droga mais consumida no País e que é preciso implementar ações integradas para que esse consumo possa diminuir.

Paulina Duarte participou de audiência pública da comissão especial criada para estudar as causas e consequências do consumo de álcool entre os brasileiros. O debate foi proposto pelos deputados Marcelo Aguiar (PSC-SP) e Vanderlei Macris (PSDB-SP).

Os deputados que integram a comissão ouviram a representante da Senad e médicos especialistas sobre as ações de controle ao uso de bebidas alcoólicas.

Consumo entre jovens

A preocupação maior, segundo Paulina, é que o consumo é extremamente alto entre pessoas de 18 a 24 anos. Além disso, a maioria das crianças de 12 anos experimenta o álcool pela primeira vez dentro de casa.

Segundo ela, o que preocupa é que os jovens nessa faixa etária são os que bebem mais e de forma mais intensa. “Fazem aquele uso que comumente é chamado de uso pesado de bebida, ou seja, eles bebem mais em menos tempo."

Pesquisa realizada no ano passado, numa parceria entre a Senad e universidades federais, demonstrou que 60 por cento dos homens e 33 por cento das mulheres fizeram consumo abusivo de substâncias alcoólicas no último ano.

Visitas às regiões

Relator da comissão, Vanderlei Macris afirmou que os trabalhos ainda estão começando, mas o cronograma prevê visitas às cinco regiões do País, além de ouvir especialistas e o governo. "Esperamos, ao final desse processo, construir um banco de dados capaz de construir uma política pública."

O objetivo da comissão é compor um Plano Nacional de Combate ao Álcool, reunindo propostas e os projetos em tramitação na Câmara.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 31 de maio de 2011

Oito em cada 10 vítimas de doenças respiratórias crônicas são fumantes

Oito em cada dez homens que morrem por doenças respiratórias crônicas no Brasil são fumantes, de acordo com estudo divulgado hoje (31) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). O índice é superior à média mundial, de cinco óbitos em cada dez.



Entre as mulheres, seis em cada dez que morrem por doenças respiratórias crônicas são fumantes. A média mundial é de dois óbitos em cada dez.

Dados indicam que 1 milhão de brasileiros, de ambos os sexos, foram diagnosticados com algum tipo de doença respiratória crônica associada ao cigarro. Fumantes a partir dos 30 anos sofrem 40% mais com essas doenças quando comparados aos não fumantes.

Segundo o Inca, as doenças respiratórias crônicas representam a terceira causa de mortalidade por algum tipo de enfermidade no Brasil – atrás apenas dos problemas cardiovasculares e do câncer. Em 2008, quatro brasileiros morreram a cada hora em razão de complicações respiratórias crônicas.

O estudo mostra ainda que pessoas consideradas dependentes severos da nicotina, quando comparadas aos chamados tabagistas leves, sofrem 85% a mais de problemas como enfisema pulmonar e bronquite.

Em relação ao tabagismo passivo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 7,5 mil brasileiros morrem todos os anos devido à exposição ao cigarro. Pais tabagistas que têm crianças e jovens com asma, por exemplo, expõem os filhos a cerca de 4.700 substâncias nocivas presentes na fumaça.

Adultos não fumantes que vivem em áreas urbanas e que são expostos ao tabagismo passivo também apresentam alto índice de diagnóstico de doenças respiratórias crônicas – 30% a mais do que os que não são expostos à fumaça.


Fonte: Agência Brasil

Dia Mundial sem Tabaco completa 24 anos

O tabagismo mata cerca de 5 milhões de pessoas por ano no mundo - 200 mil no Brasil. Para combater o hábito de fumar e divulgar informações sobre os males causados pelo cigarro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) institui, desde 1987, o 31 de maio como Dia Mundial Sem Tabaco.


A pneumologista Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano, coordenadora do Ambulatório de Tabagismo do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, explica o motivo da dependência: “O cigarro tem nicotina. Essa substância estimula a produção de dopamina e serotonina, que dão sensação de prazer e deixam a pessoa em alerta, ou seja, sensações agradáveis. Mas, depois de uma hora, o corpo sente a falta da nicotina, o que leva o indivíduo a querer fumar mais”.

À esquerda, pulmão sadio. À direita, pulmão de um fumante.

Apenas 3% a 5% dos fumantes conseguem parar espontaneamente. Os demais precisam de apoio, como um atendimento específico, um centro de tratamento, um médico pneumologista. O tabagismo pode causar câncer de pulmão, de bexiga, de laringe, enfisema e infarto do miocárdio. O fumante passivo também está sujeito a ter essas doenças.

Vera Lúcia Vieira Machado, assistente administrativa, 58 anos, começou a fumar muito nova e manteve o hábito durante 35 anos. Queria parar para preservar a saúde. Com a mudança, diz que melhorou a qualidade de vida, o sono e o paladar. Ela deixou de tossir e sentir falta de ar ao caminhar. “A primeira vez que deixei de fumar foi com uma palestra que assisti no posto de saúde. Parei durante um ano e voltei. A segunda vez foi com minha força de vontade mesmo, e já não fumo há três anos”, conta Vera Lúcia Machado que acredita que fumava por ansiedade.

José Marcos de Melo Pimentel, 58 anos, autônomo, fumou durante 25 anos e resolveu parar por seu filho, que toda noite, antes de dormir, pedia que deixasse o vício. Para ele, a decisão de parar era difícil, mas não impossível e foi um desafio. Atualmente, 11 anos depois de parar de fumar, José Marcos diz que tudo em sua vida melhorou. “Tudo mudou depois que parei de fumar, principalmente a disposição, o apetite, a pele e o sabor dos alimentos que está mais apurado".

Outro exemplo de força de vontade é Julianna Motter, 19 anos, estudante de letras da Universidade de Brasília (UnB). Ela começou a fumar aos 14 anos e decidiu parar por causa da saúde, mas principalmente pela namorada. Há dois meses sem fumar, Julianna conta que o o fôlego e a disposição foram os primeiros benefícios. Acrescenta, porém, que não tem sido fácil. “Eu me tornei uma pessoa mais irritável, em constante TPM [tensão pré-menstrual}. E,quando quase perdi a pessoa que amo, foi ainda mais difícil não me render à nicotina”, disse.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Alerta: Tabaco pode matar 1 bilhão somente neste século

A Organização Mundial de Saúde publicou nas últimas semanas o relatório que acompanha o vício de cigarro em todo o mundo. De acordo com o diretor da "Iniciativa Livre de Tabaco da OMS", Douglas Bettcher, governos dos países em desenvolvimento devem tomar medidas mais severas para combater o fumo.


Às vésperas do Dia Mundial sem Tabaco (31/05), especialistas chamam atenção para o tema destacando que as atenções devem se voltar para os jovens.

As taxas mais altas de doenças geradas pelo uso de tabaco estão sendo registradas nos países de rendas baixa, média e países em desenvolvimento. Há muitos anos a OMS chama atenção alertando que são mortes evitáveis.

O médico otorrinolaringologista e livre docente da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Jayme Zlotnik confirma a realidade apresentada pela OMS. Segundo ele, o cigarro continua sendo problema de saúde pública e de fato é a maior causa evitável de doenças. "O cigarro é mortal e o número de pessoas que morrem com doenças relacionadas ao tabagismo é maior que AIDS, tuberculose ou até mesmo acidentes como incêndios. O vício ainda é a maior causa de doenças evitáveis em todo o planeta", explica o médico.

Além de matar precocemente, os dados científicos têm apresentando informações importantes. "As pessoas que fumam não morrem vítimas apenas de câncer no pulmão, mas há uma série de doenças graves em volta de todo o vício. Quanto mais cedo as pessoas começarem a fumar, maior será o prejuízo e muito maiores serão os problemas pela frente", conta Zlotnik apontando que o Brasil registra 200 mil mortes por ano por doenças associadas ao fumo. Diariamente são sete óbitos.

"Hoje este problema preocupa o mundo todo principalmente porque o número de jovens que fumam está aumentando", destaca Zlotnik. No computo geral, o número de fumantes reduziu no País, conforme apontou o último senso realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010.

"A autoafirmação é a principal justificativa para que os jovens, principalmente as meninas, comecem a fumar cada dia mais cedo. Além de influências de amigos, o cigarro acaba sendo um vestibular para drogas mais pesadas como o craque, a cocaína e a maconha. O resultado é a dependência e os prejuízos graves no futuro" alerta Jayme Zlotnik.


domingo, 22 de maio de 2011

São 15 mil histórias de vida

Em 12 anos de funcionamento, a Pastoral da Sobriedade de Rondonópolis atendeu cerca de 15 mil de pessoas (entre dependentes químicos e familiares) e montou uma sólida estrutura de trabalho que conta hoje com 30 voluntários. É o que apontam os relatórios internos da entidade. Mais do que registros, são histórias como as de M. A., Lúcia, Ana, Maria, Edson e Aparecida que embalam os trabalhos da Pastoral.


Agentes da Pastoral em formação
 As atividades da entidade se distribuem em atendimento e apoio aos dependentes químicos e familiares, triagem e encaminhamento a comunidades terapêuticas (em média 20 pessoas por ano). Também realizam visitas a presídios e cadeias para triagem, cursos de formação e capacitação e grupos de auto-ajuda. Há, ainda, distribuição de material informativo, palestras em comunidades, empresas, escolas, igrejas.

Os grupos de auto-ajuda estão constituídos nos bairros La Salle (sede da Pastoral), Pedra 90, Vila Rica e Jardim Atlântico (está em construção). Há também um grupo em Pedra Preta.

A entidade também desenvolve eventos de grande repercussão e envolvimento com a comunidade. Um deles é a Pedalada pela Vida, que vai para a 12ª edição no dia 26 de junho. Há ainda ações em parceria com o poder público, como concursos de cartazes e redação para estudantes do primeiro e segundo graus.

Dom Juventino marca presença nos encontros
A Pastoral da Sobriedade é um dos organismos da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a metodologia de ação desenvolvida em Rondonópolis atende a definições institucionais da igreja católica.

“Em nome da Pastoral da Sobriedade, eu agradeço a todos os nossos parceiros, colaboradores, amigos, entidades e sociedade em geral que apóiam a nossa luta contra as drogas”, destaca a coordenadora diocesana da entidade, Doroty Carnahiba.

Para mais informações sobre a Pastoral entre em contato pelo telefone (66) 3426-8056, no período da tarde.

Pastoral da Sobriedade completa 12 anos em Rondonópolis

Riso fácil, mãos que não param e uma conversa boa de se escutar. É possível passar horas ouvindo suas histórias. Apesar disso, não é possível lhe revelar o nome. Ele tem 35 anos, atende pelas de iniciais M. A. e luta para se curar de uma doença chamada “dependência química”, algo que acomete milhões de pessoas no mundo. O anonimato é uma forçada defesa contra o preconceito e a incompreensão espalhados pela sociedade e reverberados até mesmo por vários meios de comunicação.

“Tô vivo por causa dela”

M. A. é uma das pessoas auxiliadas pela Pastoral da Sobriedade, que completa hoje (quinta-feira, 12) seu décimo segundo ano de existência em Rondonópolis. O contato foi possível por conta de um ex-patrão, que percebeu sua mudança de comportamento no serviço e, por ter um filho dependente, logo identificou a causa do problema.

Apesar da pouca idade, a história de M. A. é marcada por dramáticos momentos. Ele vive no “mundo das drogas” desde os 12 anos e teve no desregrado ambiente familiar o primeiro estímulo para adentrar este universo. Primeiro, foi a bebida alcoólica. Depois, as ilícitas pasta base e cocaína. Ele nasceu e atualmente mora em Rondonópolis, mas passou 24 anos em Várzea Grande (MT). Aos 16 começou a se prostituir e aumentar o consumo de álcool.

M. A. foi encaminhado para quatro clínicas de recuperação. O último tratamento terminou em fevereiro deste mês. Ele afirma não usar drogas hoje em dia, porém sabe da possibilidade de recaída. Vez por outra aparece na sede da Pastoral, situada na rua 13 de maio, bairro La Salle, para conversar com as agentes e ver em que pode ser útil. Sempre que pode dá testemunhos em grupos de auto-ajuda (de familiares e dependentes). “Tô vivo por causa dela (da Pastoral). Ela não me deixou. Com ela eu aprendi que enquanto há vida, há jeito”.


Ser agente em família

O empresário Edson Alves Martins Mizuguti, de 45 anos, e a historiadora Aparecida Moreira Lima Martins, de 48, atuam como agentes da Pastoral da Sobriedade em Rondonópolis desde o final de 2007. Trabalhar diretamente com dependentes químicos e seus familiares foi um gesto cristão concreto do casal diante do que via todos os dias nas proximidades de onde mora. “A gente assistia a muitas pessoas, principalmente jovens, usarem drogas ali na região do Cais. Algo muito triste ver jovens bonitos se definhando. E também temos dois filhos adolescentes. Pensamos no que fazer e decidimos participar da Pastoral”, relata Mizuguti, chamado de Edson pelos demais agentes.

Edson, agente da Pastoral.
Ele e a esposa coordenam grupos de auto-ajuda, encaminham dependentes a comunidades terapêuticas, fazem promoções para levantar dinheiro para a Pastoral, quando podem doam do próprio bolso. O trabalho voluntário propicia um diálogo aberto com os filhos (Rafaela, de 18 anos, e Felipe, de 17) sobre as drogas. “Eu cito exemplos de pessoas que passam pelo flagelo da dependência química. Eles ouvem, falam, lêem livros a respeito do tema, assistem palestras”.


Aceitando a co-dependência

Por vários anos a administradora Ana Angélica Falbo Tonello Moreno, de 41 anos, fez questão de esquecer a existência de um irmão dependente químico em razão dos transtornos causados à família. Ele está preso em São Paulo há quatro anos e meio por uma série de roubos e furtos. “Tudo para comprar droga”. O afastamento de Ana em relação ao irmão foi tão intenso quanto a vontade de resgatar o amor por ele. A transformação ocorreu de modo inesperado, após dois fatos. “Em 2009 meu irmão (hoje com 38 anos) sofreu um acidente na prisão e fiquei mexida com isto. Depois de um tempo, em 2010, fiz uma visita para ele. Foi a primeira vez que nos vimos após 10 anos”.

Ainda no passado Ana ouviu um apelo da irmã franciscana e vice-coordenadora diocesana da Pastoral da Sobriedade, Maria Vieira Queiroz, de 52 anos, após uma missa na igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro Vila Aurora. Ela convidava a comunidade a participar da entidade. “Pensei: ‘Vou lá ajudar porque tenho um caso de dependência química na minha família. Mas chegando lá vi que eu é que precisava de auxílio.” Ela descobriu que era uma co-dependente, justamente por ser irmã de alguém viciada em drogas ilícitas. “Só chorei no começo. Mas depois admiti minha condição e hoje estou me capacitando para ser uma agente”. Ana está feliz porque o irmão poderá ficar livre em breve. “Quero que ele more na minha casa”. O esposo e os filhos a apóiam.


“Eu sempre vivia na dependência de alguma coisa”

Formada em Educação Física, Lúcia Zonta, de 48 anos, conheceu a Pastoral da Sobriedade no ano passado na condição de co-dependente e hoje permanece no local por outro motivo. Ela foi indicada por uma psicóloga para saber lidar com o ex-companheiro, viciado em drogas. No entanto, no contato com a Pastoral, Lúcia teve uma noção mais ampla do conceito de dependência e percebeu que precisava fazer fortes mudanças na vida. “Eu sempre vivia na dependência de alguma coisa. Dos meus filhos pra ser feliz. Do companheiro pra ter alegria. Do trabalho pra ter sucesso. E vi que não era assim”. Foi aí que o relacionamento com o namorado terminou e a lida com os filhos passou a fluir melhor.

Lucia em Curitiba
Hoje em dia ela é agente da Pastoral. Mês passado participou em Curitiba de seu primeiro curso de formação e dá os passos iniciais para a construção de um grupo de auto-ajuda no bairro Jardim Atlântico. Entusiasmada, já faz planos para no ano que vem: “Sou funcionária pública estadual concursada e quero voltar a dar aulas. Tenho certeza que assim poderei contribuir mais com minha comunidade na luta pela conscientização contra as drogas”.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Pastoral sempre em formação: identidade e espiritualidade

A Pastoral da Sobriedade de Rondonópolis participou, em Curitiba, do Encontro Nacional de Formação para Coordenadores Diocesanos e Regionais. Entre os dias 29 de abril e 1º de maio a cidade esteve presente, com cerca de 50 participantes de diversos estados, desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul.


Agentes de todo o Brasil presentes na formação.

O objetivo principal do encontro foi assegurar a identidade e a espiritualidade da Pastoral da Sobriedade no grupo de autoajuda, mantendo a fidelidade à estrutura das reuniões, tanto nos cursos de formação e capacitação de novos agentes, quanto na vivência dos encontros semanais do Programa de Vida Nova.

Agentes da pastoral: Doroty e Lúcia
As agentes diocesanas Lúcia Zonta e Doroty Carnahiba explicam que a formação foi realmente elucidativa para aprofundar o Programa de Vida Nova nos grupos, que é a identidade da pastoral. Também destacam o formato dos grupos de autoajuda, já que o Pe. João Ceconelo – um dos realizadores do encontro – foi enfático em dizer que todos eles devem caminhar no mesmo sentido, com mesmas dinâmica e metodologia.

Questões como a acolhida incondicional e a capacitação contínua dos agentes também foram mencionadas no encontro. Para a Pastoral da Sobriedade, a acolhida incondicional é o primeiro passo para que o integrante seja realmente um agente. “E nesse sentido, precisamos também cuidar muito da nossa espiritualidade e nossa formação. São dois pilares importantes”, ressalta Doroty.

Entre os vários direcionamentos retirados do encontro estão: a realização de retiros de espiritualidade para animar a caminhada dos agentes; o cumprimento do estatuto e do regimento internos na Pastoral; e a conservação das características do grupo de autoajuda.

Nova edição da revista Sobriedade

Divulgação

A nova revista da Pastoral da Sobriedade foi apresentada e distribuída aos participantes do encontro em Curitiba. A Sobriedade foi reformulada e apresenta agora melhor aspecto, mais conteúdo e melhor qualidade de papel. Tudo isso para informar melhor seus leitores. Para mais informações é só clicar no site: http://www.sobriedade.org.br/

Secretaria de Justiça e Direitos Humanos coordena estudos para enfrentar a problemática das drogas em Mato Grosso

Uma das prioridades da administração estadual começa a ser posta em prática no início do mês de maio. Trata-se da criação de políticas públicas para o enfrentamento conjunto (Estado, Municípios e sociedade) das questões que envolvem o uso de drogas em Mato Grosso. Entre os resultados esperados estão a redução nos índices de violência e a preservação da vida, principalmente entre adolescentes.

As ações de construção da Política Estadual sobre Drogas (Pead) serão desenvolvidas pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio da Coordenadoria Estadual de Políticas sobre Drogas (Coad), órgão executor do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (Conen/MT). Serão realizadas por meio de 15 Fóruns Regionais no período de 04 de maio a 11 de novembro e resultarão no Fórum Estadual, que será sediado de 06 a 09 de dezembro na capital mato-grossense.

Conforme a coordenadora e presidente do Coad/Conen-MT, Ana Elisa Limeira, os altos índices de violência, criminalidade e o uso e abuso de drogas vem se agravando no Estado, acrescido ao fator de que Mato Grosso serve de rota e corredor para o comércio e contrabando desses produtos. “Diante da gravidade da questão o tema tem sido prioridade na pauta de discussões, planejamento e desenvolvimento de ações de várias pastas do Governo do Estado”, destaca a coordenadora.

De acordo com Ana Elisa Limeira, a construção da Política Estadual sobre Drogas será traçada sob a perspectiva de integralização das ações, visando alcançar a responsabilidade compartilhada com todos os municípios. Ela explica que se faz necessário um realinhamento do Estado à Política Nacional sobre Drogas e também que se formule uma política adequada à realidade de Mato Grosso.

Na expectativa de contar com o apoio dos municípios e da sociedade civil para a missão, a coordenadora ressalta que a participação dos gestores municipais (da Saúde, Segurança, Educação e Assistência Social), e de outras pessoas e instituições envolvidas com o tema, nas oficinas temáticas que serão desenvolvidas nos Fóruns Regionais será imprescindível para o resultado final dos trabalhos.

Nesse sentido, solicita a participação de todos nas discussões que vão oferecer os subsídios para a construção da Política Estadual sobre Drogas. Pede ainda o apoio das prefeituras para a sensibilização da sociedade local e divulgação da realização do evento nas respectivas regiões.


CRONOGRAMA

O planejamento adotado para a realização dos Fóruns se equipara ao estabelecido pelo Programa MT/Regional que divide o Estado em 15 regiões ou Consórcios. Assim, a realização dos Fóruns Regionais seguirá o seguinte cronograma:

1º Fórum Regional 1. Vale do Rio Cuiabá 04 a 06 de maio - Poconé

2º Fórum Regional 2. Nascente do Pantanal 11 a 13 de maio - Cáceres

3º Fórum Regional 3. Região Sul 18 a 20 de maio - Rondonópolis

4º Fórum Regional 4. Alto do Rio Paraguai 25 a 27 de maio - Barra do Bugres

5º Fórum Regional 5. Nascentes do Araguaia 08 a 10 de junho - Alto Garças

6º Fórum Regional 6. Vale do Guaporé 29 de junho a 1º de julho - Pontes e Lacerda

7º Fórum Regional 7. Vale do Teles Pires 18 a 20 de julho - Alta Floresta

8º Fórum Regional 8. Portal da Amazônia 20 a 22 de julho - Peixoto de Azevedo

9º Fórum Regional 9. Vale do Juruena 03 a 05 de agosto - Juína

10º Fórum Regional 10. Norte do Araguaia 24 a 26 de agosto - Confresa

11º Fórum Regional 11. Araguaia 21 a 23 de setembro - São Félix do Araguaia

12º Fórum Regional 12. Vale do Arinos 05 a 07 de outubro - Juara

13º Fórum Regional 13. Médio Araguaia 24 a 26 de outubro - Água Boa

14º Fórum Regional 14. Portal do Araguaia 26 a 28 de outubro - Barra do Garças

15º Fórum Regional 15. Alto Teles Pires 09 a 11 de novembro - Sinop

16º Fórum Estadual 16. Vale do Rio Cuiabá 06 a 09 de dezembro - Cuiabá


Para mais informações sobre apoio, participações ou a socialização do Projeto de Elaboração da Política Estadual sobre Drogas, os interessados devem entrar em contato com Simone Guedes ou Louise Oliveira por meio dos telefones (65) 3631-1176, 3901-1362 ou pelos endereços simoneguedes@justica.mt.gov.br e louiseoliveira@justica.mt.gov.br

Fonte: SECOM/MT

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Nunca é tarde pra viver!!!!

Uma notícia de jornal que é muito boa de se ler.  Esperamos que isso aconteça com muitos outros!!

Steven Tyler, 62 anos, revelou em entrevista à People que já gastou milhões de dólares em drogas e que só deixou de ser usuário há aproximadamente um ano e meio, segundo informações do jornal britânico The Telegraph.

O vocalista do Aerosmith afirmou que as drogas ocuparam uma grande parte de sua trajetória com banda. Ele já esteve na reabilitação muitas vezes e admite ter sorte por ainda estar vivo. Sua autobiografia, Does the Noise in My Head Bother You (O barulho em minha cabeça te incomoda?), foi lançada nessa semana.

"Eu joguei 20 milhões de dólares (cerca de 30 milhões de reais) no lixo", admitiu Tyler. "Eu cheirei meu Porsche, eu cheirei meu avião, eu cheirei minha casa", escreve no livro, confessando ter ficado falido apesar de ganhar milhões de dólares com o sucesso da banda.

Ele disse que só depois de sua oitava ida à reabilitação, em 2009, após o apelo de um de seus filhos, percebeu que precisava ficar sóbrio.

"Quando meu filho me olhou dentro dos olhos, chorando e disse “Pai você estava tão louco noite passada, que eu tive medo”, eu percebi que precisava parar", explicou ele.

Tyler conta ainda que participar como jurado do American Idol o ajudou a permanecer sóbrio. "Eu estou no Idol agora. A última coisa que quero é que o mundo me veja tropeçando nas palavras. Eu nunca mais quero ser um mau exemplo", declarou o cantor.

Fonte: R7.com

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ministério Público recomenda criar Fundo Estadual Antidrogas

Dois projetos de lei, elaborados pelo Ministério Público Estadual em parceria com os deputados estaduais Sebastião Resende e José Domingos Fraga, propõem a criação do Fundo Estadual Antidrogas e da Fundação Educacional de Resistência às Drogas.

Os projetos já foram apresentados na Assembleia Legislativa para análise dos demais deputados. Caso sejam aprovados, irão para sanção do governador do Estado, Silval Barbosa.

A criação do Fundo Estadual Antidrogas e da Fundação Educacional de Resistência às Drogas é uma das metas previstas no Programa 'Todos Contra as Drogas Ilícitas', que começou a ser executado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

De acordo com o promotor de Justiça Marcos Machado, os parlamentares que apresentaram os projetos manifestaram apoio ao programa desenvolvido pelo MP e se dispuseram a aprofundar as discussões em torno do assunto. “Realizamos várias reuniões que resultaram na confecção dos dois projetos”, afirmou.

Segundo o procurador-geral de Justiça Marcelo Ferra de Carvalho, o Programa “Todos contra as drogas ilícitas” está sendo desenvolvido pelo Ministério Público, por meio das Procuradorias de Justiça Especializadas nas áreas criminal, cidadania e infância e juventude. “As minutas dos dois projetos de lei foram elaboradas em conjunto com os parlamentares e estamos confiantes que serão aprovadas pelo Legislativo”, ressaltou o procurador-geral de Justiça.

O objetivo do Fundo Estadual Antidrogas de Mato Grosso é captar e administrar recursos financeiros destinados à prevenção ao consumo, repressão ao comércio, tratamento, recuperação e reinserção social do dependente químico, redução de danos sociais à saúde provocados por substâncias psicoativas, estudos e pesquisas de temas relativos às drogas.

As receitas do referido fundo poderão ser constituídas de dotações orçamentárias do Estado, de recursos provenientes de convênios, doações, emendas parlamentares, além de recursos oriundos de arrecadação de insumos químicos, tutela cautelar, imóveis ou numerários oriundos do perdimento dos bens decorrentes de condenação por tráfico de drogas ilícitas.

Já a Fundação Educacional de Resistência às Drogas, conforme Machado, tem como objetivo o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e resistência às drogas no Estado. O público-alvo da entidade serão crianças, adolescentes e jovens.

“Essa fundação integraria a Administração Pública Indireta do Poder Executivo, com autonomia administrativa e financeira, e estaria vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. Na essência, estamos procurando como ao PROERD, um programa implantado pelo SEJUSP em 2002 e executado pela Polícia Militar desde então, com muita dedicação mas pouca abrangência no Estado”, explicou.

Fonte: A Gazeta

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mato Grosso ganhará centro de tratamento para dependentes em crack

Três mães, por dia, pedem internação para tratamento dos filhos dependentes de crack em Cuiabá, segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE). A droga tem alto pode de destruição do corpo humano.

Essa demanda está fazendo com que o governo federal crie um Centro Regional de Referência em Crack e Outras Drogas em Mato Grosso. Cada projeto, que será implantado em 19 estados da federação, terá o valor de R$ 300 mil para a formação de 300 profissionais.


O objetivo é a formação de pessoas que atuam nas áreas de saúde e assistência social voltadas à familiares e usuários de crack e outras drogas.Os cursos serão voltados para capacitação de médicos, agentes comunitários de saúde, agentes sociais e profissionais das redes Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

No estado, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi a instituição escolhida para desenvolver o centro. Concorriam ao projeto, instituições de ensino superior federal e estadual que atuam em municípios igual ou superior a 500 mil habitantes.

A professora e assistente social Delma Perpétua Oliveira de Souza, do Instituto de Saúde Coletiva, foi escolhida para representar a instituição no lançamento do projeto, realizado ontem pela presidente Dilma Rousseff, em Brasília. A UFMT e a DRE já haviam realizado anteriormente parcerias em projetos de prevenção ao uso de drogas.

De acordo com a gerente do projeto "De cara limpa contra as drogas", delegada Elaine Fernandes, o pedido diário de internação ao juiz criminal da Capital Mário Kono aponta que a criação do centro é necessária para o combate ao crack e outras drogas, como a pasta-base de cocaína. O projeto da Polícia Judiciária Civil (PJC) visa prevenir que crianças e adolescentes se conscientizem e não utilizem drogas.

Fernandes aposta na prevenção como uma forma eficiente de combate ao uso, e não apenas a repressão. "É fundamental a família. O dependente precisa de uma base, que pode ser obtida também na religião e na educação. Houve uma mudança nos valores, o professor não pode nem levantar um pouco a vez, que o aluno já quer dar um tiro nele".

A delegada destaca que as companhias que se associam aos adolescentes, principalmente, devem ser observadas pela família, pois têm grande influência sobre as decisões deles. "Essas inversões de valores faz com os filhos usem drogas, se submetam a "correrias" para obterem bens, para terem um tênis, por exemplo. E da correria vai para o tráfico".

Para a "fabricação" do crack, os usuários misturam bicarbonato de sódio na pasta-base, entorpecente de maior domínio nas ruas da Capital. A droga (o nome crack surge dos estalos surgidos após aceso) tem alto poder de dependência e provoca degeneração dos neurônios e músculos do corpo.

Informações da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça, os centros estão previstos no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado ano passado. O governo federal espera em um ano capacitar 14,7 mil profissionais em 884 municípios do país.

Fonte: Jornal A Gazeta

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dilma declara luta contra o crack em seminário sobre centros de referência

A presidenta Dilma Rousseff abriu hoje (17), às 10h, no Palácio do Planalto, o seminário sobre a implantação dos centros regionais de Referência em Crack e outras Drogas. Durante a cerimônia de lançamento de 49 Centros de Referência, Dilma prometeu "uma luta sem quartel contra o crack" nos seus quatro anos de governo.
Os centros serão instalados em universidades públicas em 19 Estados brasileiros, com o objetivo de capacitar profissionais de saúde e de assistência social para lidar com usuários de crack, tanto em termos de tratamento quanto de prevenção.

A presidenta ressaltou como "extremamente preocupante" a situação do quadro das drogas e da criminalidade no país. E repetiu que vai fazer um combate sustentável ao crack. "Temos que trabalhar três eixos. Prevenção, para evitar que novos jovens e crianças sejam vítimas das drogas. O eixo da atenção, através de tratamento especializado. Temos que ter boas comunidades terapêuticas e enfermaria, mas também políticas de reinserção", declarou.

O custo para criação de cada centro será de R$ 300 mil ao Fundo Nacional Antidrogas. O objetivo dos centros, aprovados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) no fim do ano passado, é capacitar profissionais da saúde e educação que atuam com o tema da dependência química.


A professora doutora Delma Perpétua Oliveira de Souza, do Instituto de Saúde Coletiva (ISC), representou a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), uma das instituições de ensino superior selecionadas para oferecer cursos de aperfeiçoamento no tratamento de dependentes de crack e de outras drogas.

Essa parceria faz parte do trabalho da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, de aproximação com a comunidade científica e dos diferentes parceiros face aos desafios de enfrentamento do fenômeno das drogas no país, e visa promover a discussão acerca dos conteúdos da capacitação e do processo de avaliação desses Centros, em conformidade com as diretrizes da Política Nacional sobre Drogas.

Faz parte da programação do seminário a apresentação “A implantação dos Centros Regionais de Referência: capacitação, articulação com a rede e avaliação”, pelo diretor de Assuntos Internacionais e Projetos Estratégicos da Senad; e mesa-redonda “A estruturação dos conteúdos para os cursos ministrados para os Centros Regionais de Referência”.

Haverá também palestras sobre “Crack: uma abordagem multidisciplinar”, com o professor doutor Marcelo Cruz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), “Intervenção breve motivacional”, com o professor doutor Telmo Ronzani, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e “Gerenciamento de caso e reinserção social”, com o professor doutor José Manoel Bertolote, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Fonte: UFMT

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SP: Hospital das Clínicas terá centro de tratamento para dependência química

O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de São Paulo terá um novo prédio, voltado exclusivamente ao tratamento de dependência em álcool e drogas.

O espaço abrigará 40 leitos e uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial, que atenderá 25 pacientes de alta complexidade por dia, além de uma unidade do Centro de Referência Especializado de Assistência Social, com capacidade para receber 14 famílias diariamente.


Segundo o especialista em tratamento de dependências químicas do Instituto de Psiquiatria do HC, Arthur Guerra de Andrade, o objetivo é que o novo espaço seja referência na formulação de políticas públicas nacionais, realização de pesquisas e tratamento.

"O foco não pode estar apenas no médico, mas também na assistência social. A intervenção médica é mais eficaz quando se tem um diagnóstico social do paciente", disse o psiquiatra. Para traçar esse diagnóstico social, o centro contará com equipes multidisciplinares, com assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos.

Para a implantação do prédio, cerca de R$ 11 milhões já estão empenhados, por meio de uma parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Os recursos serão exclusivos para as obras, e outros R$ 400 mil por ano estão previstos para a manutenção do prédio. O local terá ainda centros de pesquisa, salas de aula e de reuniões, e deverá ser implantado numa área de 3 mil metros quadrados, ao lado do HC.

Outro centro-colaborador, semelhante ao de São Paulo, deverá ser implantado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. "A mesma parceria com a Senad foi firmada no Rio Grande do Sul", adiantou Arthur Guerra.

Fonte: Site Terra

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Jovens tem primeiro contato com o álcool na presença de familiares, segundo pesquisa brasileira

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD), da Secretária da saúde de São Paulo, dos jovens viciados em álcool 40% começaram a beber antes dos 11 anos de idade, e a maioria obteve contato com a bebida dentro de casa ou na presença de familiares.



Segundo a psiquiatra Marta Ezierski, diretora do CRATOD de São Paulo, os dados são impressionantes. "Uma coisa é falar de alcoolismo na população em geral. Outra é falar com base em uma população triada, já dependente. O número é muito alto", diz Marta.


Para os pesquisadores o que mais chamou atenção na pesquisa que são resultado de duas análises: uma de 684 pacientes adultos e outra de 138 adolescentes que procuraram o CRATOD nos últimos dois anos, é o fato de os jovens experimentarem a bebida na presença de familiares em que 39% dos casos o pai bebia abusivamente; 19% a mãe, e em 11% padrasto. Os dados apontam ainda que metade relatou o uso de maconha.


O psiquiatra Carlos Augusto Galvão, do Hospital Beneficência Portuguesa, conta que o alcoolismo tem dois fatores principais: o cultural e o genético - sabe-se que o alcoolismo tem um componente hereditário, mas os genes envolvidos ainda não foram descritos.


Para ele, o fato de os alcoolistas em tratamento terem começado a beber dentro de casa e ainda crianças pode ser explicado pela questão da imitação. "A criança imita aquilo que o adulto faz. E o jovem continua bebendo para se achar gente grande."


Para a maioria dos especialistas o único modo de afastar crianças do álcool é criando campanhas que conscientizem especificamente essa faixa etária e oferecendo serviços especializados de tratamento. Mas afirma Galvão "Não adianta entrar de sola na profilaxia se não houver como marcar uma consulta com um médico psiquiatra na rede pública, por exemplo."


Fonte: Estadão

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Você conhece seu filho, sua filha?
Conhece os lugares que eles frequentam? Sabe com quem eles andam?

E o comportamento na escola? Nas festas? Na sociedade?

DROGAS não é só um problema para quem usa; é um problema de todos.
Traz sofrimento para toda a família.
Encare de frente essa doença! Sem medo!
Venha conhecer um modo de ajudar alguém ou se ajudar.